Saturday, December 22, 2007

Mtv, what have you done to me ?


Meses depois ...
Voltei, espero ficar agora.
Prometi o TOP 10 de todos os tempos e não cumpri. Vai ficar pra mais tarde.
O blog vai voltar com tudo, vamos fechar o ano com o TOP 50 dos melhores álbuns de 2007.
Foi dificíl, mais de 150 álbuns diferentes e mesmo assim faltou alguns (importantes até... fazer o que né?).
Mas vamos lá:
50 – Shout Out Loud - Shout Out Loud
49 – Of Montreal – Hissing Fauna Are You the Destroyer
48 – Voxtrot - Voxtrot
47 –The Cribs – Men´s Needs, Woman´s Need, Whatever
46 – Iron & Wine – The Shepherd´s Dog
45- The Rakes – Ten New Messages
44- Cold War Kids – Cold War Kids
43– Múm - Go Go Smear the Poison Ivy
42- Pato Fu – Daqui Pro Futuro
41- Bonde do Role – With Lasers
40 - Paul Mccartney – Memory Almost Full
39 - Explosions In the Sky – All Of Sudden I Miss Everyone
38- Architecture In Helsinki – Places Like This
37- The Rumble Strips – Girls and Weather
36- Terminal Guadalupe – A Marcha Dos Invisiveis
35- Club 8 – The Boy Who Couldn´t Stop Dreaming
34- Black Rebel Motorcicle Club - Baby 81
33- Justice – Cross
32- M.I.A - Kala
31- Jack Penate – Matinee
30 –Battles - Mirrored
29 –Klaxons – Myths Of the Near Future
28 - The Frank and Walters - A Renewed Interest In Happiness
27 –Kate Nash – Made Of Bricks
26 – James T – Panic Prevention
25- Bright Eyes – Cassadaga
24 - LCD Soundsystem – Silver Sound
23- Andrew Bird – Armchair Apocrypha
22- Babyshambles – A Shotter´s Nation
21- Feist – The Reminder
TOP 20
20 - PJ Harvey – White Chalk

"Depois de criar o mito em torno de si, a musa do rock independente PJ Harvey, abandonou as referências que a fizeram famosa e se distanciou ao máximo dos clichês dela mesma. White Chalk é um álbum corajoso, atemporal e muito melancólico. A própria cantora já afirmou em entrevistas que as canções remetem a episódios de sua infância. O piano substituiu as guitarras como instrumento de arrebatamento, presente em algumas músicas de discos anteriores. Neste, em quase todas temos um diálogo de PJ consigo mesma, seja rememorando algo ou até mesmo pondo em cheque sua sonoridade. Só mesmo ela para fazer um disco intimista e visceral ao mesmo tempo."
Revista O Grito
19 – Violins – Tribunal Surdo


"A reflexão proposta por "Tribunal Surdo" se aproxima em alguns momentos das telas de cinema e dos grandes livros da literatura universal. "Campeão Mundial de Bater Carteira" é puro Oliver Twist, de Charles Dickens. "Saltos Ornamentais Árabes Para Treinamento de Atiradores Americanos" atualiza as mensagens dos filmes de guerra (e traz à mente a dobradinha de Clint Eastwood sobre a invasão norte-americana em Iwo Jima). A influência maior, porém, são os noticiários da televisão. Jovens que atiram em outros, homens que espancam mulheres, racismo contra gays, negros e prostitutas. Está tudo aqui em forma de relato, sem pré-julgamento, sem crítica social. Funciona como trilha sonora de foto jornalismo."
Marcelo Costa (Scream and Yell)
18- The Thrills – Teenager

"Nostalgia rules here, and the unhinged glee that comes from being sun-sick and cramming too many Red Vines has been traded for more melancholic tones. But musically, Teenager isn't a huge departure-- the Thrills still mix classic bonfire melodies with slightly more ambitious moments (think big, booming UK pop-rock). Guitarist Daniel Ryan's banjo and mandolin flourishes are almost always transcendent, and Deasy's sickly whine is weirdly addictive, in the grand tradition of Neil Young. Teenager is gloomy without feeling fatalistic; melodic without feeling facile. For the Thrills, a quick locale change has managed to yield impressive results. "
Pitchfork
17- The White Stripes – Icky Thump

"Escutar "Icky Thump" é se deixar levar por uma poderosa onda sonora, capaz de varrer os tímpanos, adentrar o cérebro e comandar que braços, pernas, cordas vocais e todo o resto do corpo acompanhe as batidas simples e diretas, as distorções inimagináveis, as quebras de ritmo surpreendentes e uma ou outra baladinha emocionante. A voz de Jack White, que além da guitarra também toca teclado, bandolim e o que mais aparecer por perto, está centrada, ganhou força. A bateria de Meg White, às vezes tão criticada pelo excesso de simplicidade, faz o que dela se espera: marca o ritmo das loucuras idealizadas pelo companheiro. "
Outernative
16-Bloc Party – A Weekend in the City – Another Weekend in the City

A Weekend In the City é de fato um disco irregular, não merece tal posição numa lista um tanto disputada. Porém suas melhores músicas foram guardadas em alguma gaveta e lançadas meses depois no B-side Another Weekend in the City, e é aí que o Bloc Party ganha força. Se você juntar as primeiras 6 músicas do A Weekend in the City, mais Atonement, We Were Lovers, Version 2.0, Selfish Son e Rhododendron do Another ... voce ganhará um grande disco.
15- Arrah and the Ferns – Evan is a Vegan

Mais um bom disco Indie-Pop desse ano, misturando folk, Belle and Sebastian e Architecture in Helsinki, Arrah and the Ferns mostra um álbum consistente, com músicas desprentesiosas e que ganham força a cada ouvida. Fiquei na dúvida se o álbum é de 2006 ou 2007 mesmo, se alguem souber avisa. = )


14 – Amiina – Kurr


Mais um nome da Islandia na lista. Dessa vez é o Amiina, banda irmã do Sigur Ros, elas abrem o show deles e são a banda suporte nos shows. Elas seguem a mesma linha dessa "loucura" islandesa que ronda nossos tempos, misturando todos os tipos de instrumentos, que as vezes são criados por elas mesmo. É a trlha sonora que te leva a qualquer lugar do mundo.




13 - Devendra Banhart - Smokey Rolls Down Thunder Canyon

"Smokey Rolls Down Thunder Canyon, já enigmático no título e na arte da capa, foi feito quase artesanalmente em um estúdio localizado em montanhas ao norte de Los Angeles. O disco transpira misticismo, tropicalismo e world music, mas sem soar exótico ou alegórico. Um total de 16 canções que parecem feitas de maneira intuitiva. (...) “Smokey Rolls Down Thunder Canyon” é um disco farto, que não se esgota facilmente. No seu coquetel de influências, cada canção fala por si. Reggae, musica tradicional, baladas, r&b, indie, glam... Nada parace difícil para Devendra, que faz música de uma maneira natural, como uma extensão de sua personalidade complexa e misteriosa."

Pilula Pop

12- Arctic Monkeys – Favorite Worst Nightmares

"Com seu segundo disco, o Arctic Monkeys mostra que continua o mesmo. Como bem disse o baterista em entrevista para a revista Bizz, apenas um ano separa "Favourite Worst Nightmare" de "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not", a estréia recordista. Não mudou muita coisa na vida destes quatro moleques. Eles ainda estão vivendo os 15 minutos de fama proféticos de Andy Warhol. E é por isso que, mais do que mudanças ou evolução, o que "Favourite Worst Nightmare" revela é a mão de James Ford na produção. Muitos acreditavam que o produtor (de bandas como o Klaxons e Simian Moble Disco) fosse levar os Monkeys para o lado eletrônico da força, mas isso não acontece. O que Ford realçou foi o acento funk/rap do grupo. Ele limpou quase toda a sujeira das guitarras, colocou a voz de Alex à frente dos instrumentos, e ao lado dela o baixo, responsável pelo suingue de canções como "Brianstorm", "Teddy Picker" e "D Is For Dangerous" (e também "Temptation Greets You Like Your Naughty Friend", b-side do single "Brianstorm", que conta com a participação do rapper Dizzee Rascal). Assim, as guitarradas ficaram em segundo plano, mas estão por ali fazendo barulho e charme. Com exceção dos tais vinte e três segundos demolidores do primeiro single, o Arctic Monkeys que conquistou a Inglaterra no ano passado ainda é exatamente o mesmo. E isso é uma boa notícia. "

Marcelo Costa (Scream and Yell)

11 –Interpol – Our Love To Admire

"Após o sucesso da estréia, a banda embarcou numa onda dark mais pesada, arrastada, e gravou um segundo disco que mostrava o Interpolatolado em um vertiginoso túnel de escuridão. Nessa época, as comparações com o Joy Division cresceram ainda mais - ainda que a grande semelhança com a antiga banda de Manchester esteja mais no vocal de Kessler do que na sonoridade do grupo. "Our Love To Admire" soa como se o Interpol acendesse uma luz no finalzinho daquele túnel, e para lá caminhasse a passos largos. Ainda há a escuridão, parte integrante do espírito da banda, mas a iluminação já começa a fazer diferença."

Outernative

10–Wilco – Sky Blue Sky

"Além de imaginar pássaros voando livres em uma das capas de disco mais bonitas do ano, e analisar o amor com sobriedade e melancolia (Chris Martin um dia aprende), Tweedy limou as experimentações sonoras, e fez um disco todo certinho baseado no country, no folk e em baladas rock que escancaram de uma vez sua paixão pelo beatle Paul McCartney. A estética sonora adotada agora causa estranhamento não só porque substitui as experimentações de "A Ghost Is Born", mas também porque vai na contramão de tudo aquilo que a banda vinha fazendo até então. Entenda: as músicas não são ruins, de maneira alguma. Elas só carecem de... locomoção, para ficarmos em uma palavra do próprio Tweedy. O som da banda parou nos anos 70, e ficou por lá. E isso é pouco para um grupo que eu mesmo apontava – anos atrás – como um dos cinco que levavam a música pop por um caminho inteligente e novo. "

Marcelo Costa (Scream and Yell)

9- Kings Of Leon – Because Of Times

"Com esse terceiro disco, o Kings Of Leon mostra que não é só mais uma banda que aproveita dessa onda hype existente na música pop para se dar bem. E mesmo com suas referências sessentistas eles conseguem fazer um som atual e que tenha uma identidade própria. Diferente de outras bandas que, além de ficarem presas ao passado, parecem ter saído de uma mesma fábrica de bandinhas legais mas, infelizmente, não mais que isso."

Alto Falante

8- Kanye West – Graduation

"Os motivos que Kanye West conquistou o mundo pop, bem distante do recluso e milionário reduto do Hip Hop são claros: sua mente aberta para novas sonoridades, sensibilidade para experimentar samplers inusitados, articulação com artistas de outros gêneros, zero de preconceito, pretensão elevada. Outra coisa a se espantar. Mesmo usando piano em várias músicas, bebendo na influência do jazz, nunca poderíamos chamá-lo de experimental; é o mais pop rapper em atividade hoje. Em Graduation, seu terceiro álbum, colocou no mesmo caldeirão Daft Punk, no hit “Stronger” e Chris Martin em “Homecoming”. A imaginação de West não tem limites."

Revista O Grito

7- The National – Boxer

"Carregado de tristeza, obscuridade e composições reflexivas, o The National é mais um a ocupar a trilha de desesperança deixada por Ian Curtis, do Joy Division. Seu grande trunfo é incluir orquestrações, o que confere ao álbum um jeitão de clássico. “Fake Empire”, já anuncia com o vozeirão de Matt Berninger, que a viagem será marcada por um estilo visceral. Usando um mal exemplo, é como se Leornard Cohen tivesse uma banda de pós-punk. Boxer alterna lamúrias de cortar o coração até do mais desalmado e canções dancantes, bem ao estilo indie-rock obscuro de Interpol. Em seu quarto disco, o The National conseguiu incluir gêneros como country, indie, chamber-pop e slowcore num conjunto que beira a perfeição."

Revista O Grito

6- Björk – Volta

Quando todos achavam que Björk ia vir com mais álbum cabeçudo e dificíl, como foi o Medulla, ela vem com um álbum que tem até espaço para produções do fazedor de hit Timbaland. Alias as duas faixas que são produzidas por ele, são duas das melhoras faixas do cd (Earth Intruders e Innoncence). Destaque tambem para Wanderlust e as duas participações de Antony do Antony and the Johnsons, Dull Flame Of Love e My Juvenille.

5- Jens Lekman – Night Falls Over Kortedala

"Jens Lekman tem apenas 26 anos, mas com ares de cantor antigo. Ainda pouco conhecido pelas bandas abaixo da linha do Equador, o jovem romântico já produz desde 2000 e chegou a ser comparado ao clássico Frank Sinatra e aos contemporâneos e também emotivos, Belle And Sebastian. Seu novo trabalho, Night Falls Over Koterdala (2007) continua com suas divagações sobre amor, paixão e desilusão, características também conferidas em seus álbuns passados e que lhe renderam títulos como romântico, triste e sincero. Suas melodias simples, mas bem construídas, lembram em algumas faixas soundtracks do cinema romântico. Momentos felizes de um casal apaixonado, desilusão da mocinha ao descobrir que foi traída ou o estranho sentimento de sentir-se amando pela primeira vez são cenas que parecem se encaixar ao som de Lekman."

Revista O Grito

4- Beirut – The Flying Club Cup

"O debut de Zach Condom, o Beirut, em 2006 com Gulag Orkestar pegou todos de surpresa: fazer música pop com sons do leste europeu era o que de mais absurdo o indie americano poderia inventar. Em seu segundo disco, Flying Cup Club, Condom surpreende de novo. É a primeira vez que trabalha com uma banda completa. E sua viagem aporta no oeste da Europa, mais precisamente na França, onde bebe dos sons tradicionais para construir suas canções carregadas de nostalgia. A orquestra que agora o acompanha, aliado a sua voz, agora em tom bem mais grave, confirma o Beirut como um projeto sui generis no pop mundial. E um adendo: sua música está bem além de movimentos e estilos, como o Gispy, com o qual é associado com frequencia. Beirut faz música arrebatadora."

Revista O Grito

3- Sigur Ros – Hvarf-Heim

"A banda mais incrível do planeta volta com mais uma brilhante obra. Mesmo que seja poucas músicas inéditas, Harfv-Heim é um album importante para a carreira da banda, pois traz o registro definitivo de duas músicas que figuravam perdidas no longiquo Von, álbum de estréia do grupo, são elas Von e Hafssol. Além dela, outras músicas ganharam versões acústicas que mostram o porque deles serem a banda mais interessante do novo século. Importante destacar támbem o magnifíco documentário Heima que a banda produziu no ano de 2006 (lançado em 2007), mostrando uma série de shows inesperados na Islândia."

2 – Radiohead – In Rainbows

"Os ingleses do Radiohead não se contentam em apenas lançar um ótimo disco. Desde OK Computer que lançam debates sobre o futuro da música em seus discos. Depois do político Hail To The Thief, o sucessor, In Rainbows colocou em xeque a indústria fonográfica ao propor uma nova maneira de se difundir a música. Ao deixar aos fãs a decisão de quanto devem pagar pelo álbum, perguntam: Quanto vale a música da banda? Melhor: qual o valor da música em geral? Não demorou para que o disco ganhasse o adjetivo de revolucionário. Impossível, hoje em dia, esquecer dessas discussões ao falar de um lançamento do Radiohead. Mas, focando nas músicas de In Rainbows apenas, temos um exemplo de diluição que os gêneros sofreram na última década. O uso que a banda faz do jazz é impressionante, transformando essa mistura com o rock um estilo único: o dela própria. Além de modificar o panorama das coisas com o lançamento, In Rainbows é um dos melhores discos da fase atual do Radiohead, que teve início com Kid A, e pode aumentar ainda mais o público do grupo. "

Revista O Grito

1 – Arcade Fire – Neon Bible

"O segundo álbum da banda Arcade Fire firmou o grupo na elite do pop mundial. Se em Funeral, o primeiro trabalho da turma, eles surpreenderam com uma série arrebatadora de canções fortes, emocionantes e vibrantes, em Neon Bible, o apuro musical dos canadenses chegou ao ápice. Buscando novas sonoridades e utilizando instrumentos pouco convencionais, o Arcade Fire conquistou o público com sua deliciosa melancolia."

Revista O Grito


O álbum mais importante do ano de 2007 é sem dúvidas Neon Bible, com seu segundo trabalho, a banda canadense consegue se firmar no topo das bandas mais relevantes dessa nova safra musical "independente", que podemos dizer começou com Strokes.